
Uma reviravolta no futebol brasileiro marcou esta quinta-feira (16). O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF.
A decisão foi assinada pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, que declarou nulo o acordo que havia mantido o dirigente no cargo. Com isso, a Confederação Brasileira de Futebol passa a ser comandada, de forma provisória, por Fernando Sarney, vice-presidente da entidade e opositor político de Ednaldo.
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Acordo sob suspeita e assinatura questionada
O magistrado afirmou que o acordo homologado anteriormente está comprometido porque há “incapacidade mental” e “possível falsificação” da assinatura de um dos signatários: o ex-presidente Coronel Nunes.
“DECLARO NULO O ACORDO FIRMADO ENTRE AS PARTES (…) em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários”, escreveu o desembargador.
Vale destacar que esse acordo havia encerrado uma ação que questionava o processo eleitoral da entidade e foi crucial para garantir a permanência de Ednaldo no cargo. Sendo assim, a decisão do TJ-RJ reacende a instabilidade política na CBF.
STF entra no jogo novamente
Ednaldo Rodrigues, que soube do afastamento enquanto estava em Assunção, no congresso da Fifa, já recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). Isso porque foi justamente o STF que, em dezembro de 2023, anulou um afastamento anterior e o reconduziu à presidência. Agora, o dirigente espera repetir o feito.
Por que a decisão do TJ-RJ foi retomada? Cabe ressaltar que o ministro Gilmar Mendes havia ordenado o retorno do caso ao tribunal fluminense para “apuração imediata e urgente” dos fatos.
Fernando Sarney assume e tenta conter impactos
Nomeado interventor, Fernando Sarney disse que não pretende fazer grandes mudanças: “Não vou mexer com isso, não. O futebol segue a sua vida. Sou apenas transitório”. Ele também garantiu que a contratação de Carlo Ancelotti como técnico da Seleção será mantida.
Além disso, Sarney terá a missão de convocar novas eleições para a presidência da CBF “o mais rápido possível”.
Estratégias e pressa antes da queda
Dessa maneira, Ednaldo tentou fortalecer sua posição antes da decisão judicial. Na segunda-feira, anunciou a contratação de Carlo Ancelotti, mesmo sem confirmação do Real Madrid.
Por isso, buscava apoio entre presidentes de federações estaduais.Desse jeito, a crise na CBF ganha mais um capítulo, e o futuro da entidade segue indefinido.