O Flamengo continua avançando nas negociações para a construção de seu novo estádio no Gasômetro, mas ainda precisa lidar com questões burocráticas.
O clube decidiu pedir uma nova prorrogação do prazo para a assinatura do termo final de compra do terreno, originalmente previsto para início de janeiro. O novo prazo, que termina em 9 de abril, deverá ser estendido por mais 90 dias.
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O objetivo é garantir que os estudos de viabilidade sejam aprofundados e que todos os aspectos do projeto estejam bem definidos.
O motivo da prorrogação
Vale destacar que o Flamengo contratou duas empresas para realizar estudos mais detalhados sobre a construção da arena. Isso porque a gestão atual do clube considerou que as previsões iniciais estavam aquém da realidade.
O presidente Bap e sua equipe acreditam que a prorrogação não impactará no início das obras, porque as fases iniciais de construção dependem de processos como a descontaminação do terreno e o remanejamento da estação de gás da Naturgy.
Com isso, o Flamengo segue em negociações com a Prefeitura do Rio e com a Naturgy, incluindo reuniões semanais sobre o andamento do projeto. O prefeito Eduardo Paes se comprometeu a arcar com os custos da descontaminação, o que ajuda a viabilizar o andamento do projeto.
Impacto no orçamento do Flamengo
A previsão de custos do projeto também foi revista. Sendo assim, o orçamento anterior de R$ 1,9 bilhão foi considerado superficial pela nova gestão, que agora projeta que a construção do estádio ultrapasse os R$ 3 bilhões.
Além disso, o orçamento de 2025 já inclui os recursos necessários para a obra, que, de acordo com as projeções, gerará uma receita recorde superior a R$ 1,5 bilhão e um superávit de R$ 180 milhões.
O processo para a aquisição do terreno do Gasômetro passou por desafios legais, incluindo uma disputa judicial com a Caixa Econômica Federal, que não concordou com o valor da desapropriação. O Flamengo arrematou o terreno por R$ 138,2 milhões, mas, devido à disputa, foi necessário um processo de mediação.
Por isso, foi acordado que o Flamengo pagaria uma complementação de R$ 23 milhões parcelados nos próximos cinco anos, e a Prefeitura do Rio transferiria os Cepacs do Gasômetro para outros terrenos da cidade.