O Flamengo vive tempos de mudanças intensas. Sob a liderança do novo presidente Luiz Eduardo Baptista, o BAP, o clube implementou decisões que geraram reações imediatas e polêmicas.
Será que essas mudanças representam um avanço ou um risco para o futuro do clube? O jornalista Mauro Cezar Pereira, do UOL Esporte, trouxe reflexões importantes sobre o impacto dessas decisões.
A declaração de Mauro Cezar sobre a postura da nova diretoria do Flamengo
Logo nos primeiros dias da gestão de BAP, o Flamengo promoveu demissões em massa e mudanças estruturais no clube. Mauro Cezar destacou que as dispensas ocorreram sem tempo suficiente para avaliação adequada:
“Dispensas em quantidade, em áreas diversas fora do futebol, sem um tempo razoável para que Paulo Dutra, de volta como diretor geral, pudesse avaliar os funcionários.”
Vale destacar que a reestruturação no departamento médico, com o retorno de José Luiz Runco, gerou polêmica ao substituir Márcio Tanure e sua equipe. Isso porque o conflito histórico entre Runco e Tanure pareceu influenciar as decisões. Por isso, muitos questionaram se havia uma intenção de “acerto de contas”.
Jogadores pressionam por estabilidade
Cabe ressaltar que algumas decisões geraram insatisfação entre os jogadores, como a demissão do nutricionista Paulo Cavalcanti, que foi readmitido no mesmo dia após pressão interna. Situação semelhante ocorreu com o fisioterapeuta Lanyian Neves, essencial para o uruguaio Arrascaeta. Segundo Mauro, mudanças mal planejadas podem causar prejuízos:
“Mexer profundamente em uma estrutura que funcionava e desagradá-los por nada foi um passo errado e perigoso.”
O desafio de José Boto em águas turbulentas
Sendo assim, o novo diretor de futebol, José Boto, terá o desafio de conquistar a confiança do elenco e estabilizar o ambiente. Dessa maneira, o Flamengo precisa encontrar o equilíbrio entre mudanças necessárias e o risco de desestabilizar estruturas que funcionam.
Portanto, como bem pontuou Mauro, a gestão BAP terá que mostrar que as decisões são pautadas na eficiência e não em revanchismos.
