O Flamengo prepara um movimento estratégico fora de campo para lucrar mais com sua participação no Mundial de Clubes da Fifa 2025. A diretoria vai submeter à votação, na próxima terça-feira, uma proposta para a criação de uma empresa temporária nos Estados Unidos. O objetivo é escapar da pesada taxação imposta pelo governo de Donald Trump às premiações do torneio.
Segundo o presidente Bap, a medida visa reduzir a retenção de impostos de 30% para aproximadamente 21%. Isso porque os clubes brasileiros, por não terem acordo de bitributação com os EUA, são obrigados a pagar até 46% em tributos, somando impostos federais, estaduais e locais. Por isso, o clube vê na abertura da empresa uma solução eficaz e rápida.
Fifa não obteve isenção fiscal e clubes buscam alternativas
Diferente da Copa do Mundo de Seleções, o governo americano não concederá isenção fiscal para o Mundial de Clubes. Sendo assim, os valores pagos pela Fifa aos clubes estão sujeitos a impostos rigorosos. Com isso, o Flamengo, seguindo orientações de consultorias especializadas, optou por criar essa estrutura provisória nos EUA.
Vale destacar que a empresa será usada exclusivamente para a gestão dos valores recebidos e será encerrada após o torneio. Além disso, o clube garante que a operação não interfere na estrutura esportiva ou jurídica da instituição no Brasil.
Premiação bilionária em jogo
A Fifa estima pagar ao Flamengo cerca de US$ 20 milhões (R$ 112 milhões) já na primeira fase. Dessa maneira, o Rubro-Negro poderá ampliar os ganhos conforme avança na competição. Em caso de título, o total pode chegar a impressionantes US$ 102,8 milhões (R$ 579,7 milhões).
Cabe ressaltar que o clube estreia no Mundial no dia 16 de junho, contra o Espérance, pela Chave D, que também conta com Chelsea. Desse jeito, o planejamento financeiro se torna tão importante quanto o desempenho em campo. Porque cada dólar economizado pode fazer grande diferença no orçamento rubro-negro.