A construção do estádio do Flamengo continua gerando polêmica, e a nova diretoria do clube, presidida por Luiz Eduardo Baptista (Bap), adotou uma postura mais cautelosa em relação ao projeto. Desde que assumiu, Bap tem analisado detalhadamente os custos e os desafios envolvidos na obra, especialmente após a revelação de que não havia clareza sobre os valores apresentados pela gestão anterior de Rodolfo Landim. O novo estudo de viabilidade contratado leva em consideração entraves técnicos, como a presença de uma tubulação de gás dentro do terreno adquirido.
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Nova diretoria adota cautela
Na quarta-feira (22), Bap recebeu um comunicado oficial da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa) informando que a continuidade das obras depende da definição de uma solução para a transferência da infraestrutura de gás canalizado, que inclui a Estação de Regulagem e Medição (City Gate), localizada dentro da área comprada pelo clube.
Entraves em terreno de estádio do Flamengo fazem nova diretoria adotar cautela sobre prazos e levar projeto à estaca zero https://t.co/Vpbc7ZQDEs
— Diogo Dantas (@diogodantas) January 23, 2025
Vale destacar que, sob a gestão anterior, o Flamengo havia alinhado com a Prefeitura do Rio para que os custos dessa mudança fossem assumidos pelo município. Além disso, a nova diretoria também revisitou o estudo de viabilidade econômica da obra, que inicialmente havia projetado R$ 1,9 bilhão em despesas.
Portanto, a indefinição sobre os custos e os entraves técnicos fizeram o projeto voltar à estaca zero. A expectativa de inauguração para 2029, prevista pela gestão Landim, agora é incerta.
Desafios políticos para a gestão de Bap
Com isso, a nova gestão tem se mostrado mais reticente em relação à construção do estádio. Sendo assim, o projeto é tratado com mais cautela, priorizando o equilíbrio financeiro do clube. Isso porque a nova administração acredita que o custo de um estádio próprio pode não ser o melhor negócio para o Flamengo, especialmente com a concessão do Maracanã garantida por mais 20 anos.
Cabe ressaltar que o debate sobre a viabilidade do projeto gerou atritos dentro do clube. Membros da gestão Landim acusam Bap de ser contra a construção desde o início e de usar as dificuldades para justificar sua posição. Na visão de parte da política ligada à antiga gestão, o novo presidente vê o estádio como um risco e uma distração para os objetivos do clube.
Mauro Cezar manda a real sobre entraves na construção do estádio do Flamengo
Isso porque, o experiente jornalista Mauro Cezar não hesitou em expressar sua visão sobre a situação. Ele destacou que a aprovação da compra do terreno foi feita por uma ampla margem pelo Conselho Deliberativo, mas observou que durante a campanha eleitoral, faltaram questionamentos sobre o projeto.
Dessa maneira, ele apontou que, caso o projeto do estádio não avance, a responsabilidade será principalmente da gestão anterior.
“Não vamos esquecer que durante a campanha eleitoral faltaram questionamentos das duas chapas dissidentes. Já o conselho deliberativo, do qual participam vários que estavam envolvidos no pleito, aprovou por ampla margem a compra do terreno. Se der errado a maior responsabilidade será da gestão que terminou em 2024, obviamente. Mas, repito, os demais aprovaram a compra. Preocupações com o pleito pareciam prioritárias em relação ao próprio clube“, afirmou Mauro Cezar.
Não vamos esquecer que durante a campanha eleitoral faltaram questionamentos das duas chapas dissidentes.
Já o conselho deliberativo, do qual participam vários que estavam envolvidos no pleito, aprovou por ampla margem a compra do terreno.
Se der errado a maior responsabilidade… https://t.co/bGPeZ45bDt— Mauro Cezar (@maurocezar) January 23, 2025